Política

Executivo pretende menos funcionários públicos mas melhor pagos

Paulo Portas entende que «não podemos continuar reiteradamente a fazer desvalorização salarial nas Administrações Públicas, porque precisamos de um Estado com qualificação».

O vice-primeiro-ministro defendeu, esta quarta-feira, a necessidade de haver menos funcionários públicos, muito embora, tenha assinado que os que ficam têm de ser mais valorizados.

Na apresentação do "guião da reforma do Estado", Paulo Portas lembrou que «não podíamos continuar com o mesmo número de funcionários e o mesmo nível salarial que tínhamos antigamente».

«Também não podemos continuar reiteradamente a fazer desvalorização salarial nas Administrações Públicas, porque precisamos de um Estado com qualificação», sublinhou.

Por isso, Portas pretende como «acordo possível» uma «administração que tenha efetivamente menos funcionários, mas que seja possível pagar-lhes melhor».

«Os partidos políticos e os parceiros sociais devem por isso concentrar-se em procurar a forma legal e equitativa de ser possível, em certas condições, flexibilizar o vínculo, mas devem também procurar outras formas que permitam ajustar a despesa na Administração Pública», assinalou.

Portas lembrou que algumas destas formas são o «trabalho a tempo parcial e a reforma a tempo parcial, instrumentos até mais próximos, muitas vezes, das necessidades do ponto de vista da vida concreta e quotidiana de muitas famílias».