Política

Ramalho Eanes frisa necessidade de «norteamento ético» da sociedade

Ramalho Eanes durante o tributo que recebeu esta segunda-feira Global Imagens/Nuno Pinto Fernandes

Na homenagem de que foi alvo, Ramalho Eanes frisou que é preciso um «contrato de confiança e segurança de todos», que «garanta a unidade popular e acordo de todos os portugueses».

Ramalho Eanes considerou, esta segunda-feira, «imperativo o norteamento ético da nossa comunidade» e um «contrato de confiança e segurança de todos».

«Contrato que garanta a unidade popular e torne possível o acordo entre todos os nacionais, todos os portugueses nos domínios julgados essenciais no presente e para o futuro», acrescentou o antigo Presidente da República.

Com a voz embargada, Ramalho Eanes descreveu estes tempos como «angustiantes, de crise de rotura e de crise dramática».

Numa intervenção de seis minutos durante a homenagem que lhe foi prestada esta segunda-feira, Eanes garantiu ainda que o tributo que lhe foi prestado não significa qualquer um eventual regresso à vida política.

«Não se veja neste evento o que este evento de todo repudia. Não há nele nem gérmen nem qualquer propósito de ação política organizada a desenvolver quer no presente quer no futuro», frisou.

Nesta homenagem, com a qual não concordou, estiveram presentes personalidades do mundo empresarial da cultura, ciência e política da Esquerda à Direita e que tiveram de esperar três horas pela chegada do ex-chefe de Estado.