O reitor da Lusófona defende a proibição das praxes, mas o presidente do Conselho de Administração disse ontem que não vão ser proibidas, porque «não é a favor de censuras».
Manuel Damásio garantiu ontem que as praxes não vão ser proibidas na Lusófona, até porque este estabelecimento de ensino «não é a favor de censuras».
O presidente do Conselho de Administração da Universidade Lusófona, confrontado pela SIC com a ideia de que a «liberdade tem um fim quando entra na liberdade de outras pessoas», replicou que «todos os dias morrem pessoas nas estradas e não vamos proibir alguém de andar na estrada».
Mas esta não é a posição do reitor da Universidade, no parecer que enviou à Comissão Parlamentar que elaborou em 2008 um relatório sobre praxes académicas.
Mário Moutinho defendeu claramente: «orientações superiores facilitando a sua proibição muito ajudariam esta Universidade a rejeitar liminarmente a realização das praxes académicas».
Ouvido sobre este assunto pelo Expresso do último sábado, o reitor da Lusófona acrescentou: «Mantenho o que disse. O apelo que fiz aos órgãos de poder não recebeu qualquer seguimento».
Contactada pela TSF, a Lusófona diz que as afirmações de Manuel Damásio foram distorcidas e que defende a proibição das praxes violentas.