O Presidente da República reconheceu na terça-feira que o programa de ajustamento «tem sido mais duro» do que se antecipava, mas sublinhou que os compromissos assumidos foram «quase integralmente cumpridos».
A dois meses do fim do programa de ajustamento e com a troika em Portugal para uma nova avaliação, Cavaco Silva reconheceu as dificuldades que os portugueses têm enfrentado.
«Dentro de pouco mais de dois meses vamos encerrar o programa de ajustamento que negociamos com as entidades internacionais, que nos concederam um empréstimo para Portugal ultrapassar uma situação muito difícil em que se encontrava em 2011 e isso tem sido duro para os portugueses, tem sido mesmo mais duro que do aquilo que inicialmente se antecipava», admitiu.
O Presidente da República. que falava durante um encontro com jovens portugueses das áreas da Tecnologia e da Inovação, em São Francisco, nos Estados Unidos, acrescentou, no entanto, que se não fosse o acordo firmado com as instituições internacionais, a economia portuguesa teria «entrado em colapso».
«Agora estamos a chegar ao fim, no dia 17 de maio», insistiu, realçando que, tal como é tradição histórica, os compromissos assumidos por Portugal «vão ser quase integralmente cumpridos» e a economia portuguesa sofreu uma forte transformação nos últimos três anos.
Cavaco Silva aproveitou o encontro para pedir aos jovens portugueses que vivem na Califórnia que ajudem a projetar a imagem do país. O Presidente quer atrair investimento estrangeiro na área da inovação e tecnologia nesta visita aos Estados Unidos.