Política

BE saúda veto sobre aumento de descontos mas lamenta «intermitências»

O Bloco de Esquerda congratulou-se com o veto do PR aos aumentos nos descontos para diversos subsistemas de saúde, mas sublinha que esta «boa ação» não apaga as «intermitências» de Cavaco Silva. O PCP disse que o compromete «estratégia de ataque» à função pública e reformados.

«Felizmente [Cavaco Silva] hoje acertou na sua escolha. Temos pena que noutros dias não tenha feito exatamente a mesma escolha, defendendo salários, trabalhadores, a justiça do direito do trabalho», declarou o líder parlamentar do Bloco, Pedro Filipe Soares.

Falando aos jornalistas no parlamento, o deputado sublinhou que «aquela que foi hoje uma boa ação» do chefe de Estado «não apaga as intermitências» do Presidente da República, que aprovou, por exemplo, «o corte de salários e pensões».

Sobre a ADSE em concreto, um dos subsistemas em causa no veto presidencial de hoje, Pedro Filipe Soares foi perentório nas críticas ao executivo liderado por Pedro Passos Coelho: «O Governo quando falava em sustentabilidade na prática estava era a promover a insustentabilidade da ADSE», disse.

por seu turno, o líder parlamentar comunista perspetivou que o veto do Presidente da República ao diploma governamental de aumento dos descontos compromete a «estratégia de ataque» do executivo.

«A decisão do Presidente de vetar o decreto-lei de aumento da ADSE, compromete uma parte dessa estratégia. Relativamente às medidas que o Governo tomou no orçamento retificativo para a ADSE, elas ficam em parte comprometidas», afirmou João Oliveira.