Economia

Défice orçamental de 2013 deve atingir no máximo 5%

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O INE revela hoje o valor do défice orçamental em 2013, em contas nacionais, a ótica que conta para Bruxelas.

Os analistas contactados pela agência Lusa consideram que, tal como o Governo já afirmou, a meta do défice para este ano vai ser cumprida, oscilando as estimativas entre os 4,9% e os 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

A previsão mais otimista é a do BBVA, que sublinha que «a consolidação orçamental em 2013 foi melhor do que a esperada», com um défice estimado em cerca de 4,9% do PIB ou 4,5%, excluindo a recapitalização do Banif que equivale a 0,4% do produto.

«Este bom desempenho deveu-se principalmente à obtenção de maiores receitas fiscais (crescimento de 13,1%), muito acima do aumento previsto (8,9%) e explicado em parte pelo aumento das receitas provenientes do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), pela melhoria do mercado laboral e pela recuperação da atividade económica a que se assiste desde o segundo trimestre», justificam os economistas do BBVA.

Já a economista do BPI Paula Carvalho adiantou que a estimativa do banco aponta para que o défice orçamental, em contabilidade nacional, «se tenha situado em torno dos 5% do PIB», um desempenho justificado «de forma significativa» pela evolução das receitas fiscais e pelo resultado do programa de regularização de dívidas à Autoridade Tributária e Aduaneira, no final do ano passado.

No entanto, Paula Carvalho nota que «uma parte desta 'performance' melhor do que a esperada ficou a dever-se a receitas pontuais, que não vão repetir-se em 2014».

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estimou já que o défice das administrações públicas em contabilidade nacional deverá ficar nos 5% do PIB em 2013.

O valor final de défice com que Portugal se comprometeu com a troika foi de 5,5% para o conjunto de 2013, tendo o Governo garantido que o objetivo vai ser cumprido.