O SINAPOL, um dos sindicatos da PSP, diz que há cada vez mais agentes a emigrar e estima que, nesta altura, o número seja já o dobro em relação ao ano passado. A PSP não comenta nem avalia posições sindicais.
O Presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) diz que só este ano 60 agentes sindicalizados nesta estrutura pediram licenças sem vencimento para irem trabalhar para o estrangeiro, o que representa mais do dobro dos pedidos do ano passado.
Armando Ferreira afirma à TSF que com os cortes salariais e o regime de exclusividade a que os agentes das forças de segurança estão sujeitos, são cada vez mais os que optam por deixar o país. O presidente do SINAPOL dá o exemplo de um oficial superior que foi trabalhar para África, na área da segurança privada.
Hoje e para alertar os turistas que chegam a Portugal das dificuldades por que passam os polícias e o impacto que isso pode ter no serviço que prestam, o SINAPOL vai distribuir panfletos no aeroporto de Lisboa. É a segunda vez que o fazem, a primeira foi no passado dia 8 no aeroporto do Funchal. No dia 31 de maio será a vez do Porto.
Também o presidente da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança (CCP) diz à TSF que há cada vez mais agentes das forças de segurança que preferem arriscar e procuram trabalhos extra para poderem equilibrar o orçamento mensal, mesmo sabendo que estão a violar o regime de exclusividade.
Paulo Rodrigues diz que entre um processo disciplinar e a possibilidade de perderem a casa, optam por correr o risco.
Contactada pela TSF, a PSP responde que «não comenta nem avalia posições sindicais». Faz saber ainda que, no que toca a «saídas legalmente autorizadas» do país, elas «constam dos relatórios anuais que podem ser consultados no site da PSP».