Política

Seguro critica recusa de Costa para debates televisivos

Global Imagens/Artur Machado

O secretário-geral do PS criticou hoje a recusa de António Costa, seu adversário nas eleições primárias no Partido Socialista, em aceitar debates televisivos na campanha em curso.

«Eu não percebo que tendo havido convites das três televisões para debates o António Costa não aceite esses debates. Eu estou disponível para esses debates», disse hoje António José Seguro, na Figueira da Foz, durante um almoço com militantes e simpatizantes do PS.

O líder socialista argumentou que «é esclarecendo as pessoas, informando os portugueses e dando razões aos socialistas para eles fazerem as suas escolhas» que há condições para «honrar» o debate democrático.

«Por isso considero fundamental que haja esses debates e esses esclarecimentos. Porque uma coisa é aquilo que as pessoas têm como imagem que as televisões lhe dão, outra coisa é quando conhecemos em concreto as pessoas, quando conhecemos as suas ideias, quando conhecemos as suas propostas. Nós identificamo-nos não com imagens, porque as imagens são ilusões», alegou António José Seguro.

O secretário-geral do PS acrescentou, perante cerca de 80 militantes e simpatizantes que participaram no almoço na vila piscatória de Buarcos que uma eleição «é um confronto de ideias e projetos» mas notou que ainda não conhece «qual a ideia e o projeto» de António Costa.

Antes de António José Seguro, o líder distrital de Coimbra do PS, Perdro Coimbra criticou a decisão de António Costa em atacar a liderança de António José Seguro após as eleições europeias, frisando que o PS vive atualmente um «momento difícil, que não é bonito».

Depois do PS ter alcançado, em 2013, a «maior vitória eleitoral autárquica da sua história» e, este ano, ter vencido as Europeias, o que mudou, disse Pedro Coimbra, foi que «cheira» que os socialistas poderão alcançar a vitória nas eleições legislativas de 2015.

«Foi isso que mudou e foi isso que provocou esta ambição pessoal e política do nosso camarada António Costa», afirmou Pedro Coimbra.