Vida

«Palheta de turbina que se soltou» na causa do incidente com avião da TAP

TAP Global Imagens/Steven Governo

O presidente da TAP adiantou hoje que as investigações ao incidente com o avião da companhia no sábado revelam que foi «uma palheta da turbina de alta» que se soltou, um problema da responsabilidade do fabricante.

No sábado, duas viaturas e uma habitação em Camarate, Loures, ficaram danificadas depois de terem caído peças de um Airbus 330 da TAP que descolava, com 268 pessoas a bordo, com destino ao Brasil.

Hoje, em entrevista à Lusa, Fernando Pinto garantiu que não foi «um problema da empresa [TAP]», mas «um problema do fabricante», já que a manutenção desta peça é feita por estes, no caso a General Electric (GE).

«O motor que deu o problema é dos mais voados do mundo. É um motor extremamente testado, mas factos como este acontecem. O transporte aéreo é seguro, porque os nossos tripulantes são treinados a fazer a aterragem monomotor», defendeu.

A questão está agora a ser analisada e a GE, «o maior fabricante mundial de turbinas, sem dúvida nenhuma», diz Fernando Pinto, «tem um histórico de resolução desse tipo de problemas muito rapidamente».

A peça em causa é «a zona mais quente do motor, logo depois da saída da câmara de combustão e essa palheta, aparentemente, sofreu algum tipo de corrosão», disse Fernando Pinto, acrescentando que esta «é uma peça única», que «não é soldada».

Por enquanto, adiantou, a GE avançou com um plano de prevenção. Ainda antes do tempo normalmente exigido, estão a ser removidas e inspecionadas outras peças destas, até se descobrir a razão da falha que esteve na origem do incidente de sábado.

«O próprio fabricante já nos deu apoio, fornecendo um motor de reserva para isso» de forma a que a TAP não tenha aviões imobilizados, afirmou o presidente da TAP.