A Direção-Geral da Saúde vai colocar hoje, no aeroporto de Lisboa, vários cartazes e folhetos com os procedimentos que devem ser adotados por viajantes que estiveram recentemente em países afetados pelo vírus Ébola.
Os cartazes e folhetos vão ser também colocados posteriormente nos aeroportos do Porto, Faro, Madeira e Açores.
Em declarações à TSF, a sub-diretora geral da Direção-Geral da Saúde (DGS) explica que a informação é principalmente destinada a viajantes que tenham estado em países como Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
«São informações muito simples mas que podem facilitar a vida dos cidadãos. Do ponto de vista dos profissionais já tínhamos trabalhado bastante antes, agora estamos a trabalhar no sentido de facilitar a vida dos cidadãos (...) para as pessoas não ficarem perdidas, estarem a fazer chamadas que não devam», esclarece Graça Freitas.
Nos cartazes e folhetos, que têm como título "Informação de saúde", pode ler-se: "Se esteve nos últimos 21 dias num país afetado pelo vírus Ébola ou esteve nos últimos 21 dias em contato com um doente com doença por vírus Ébola e se tiver febre superior a 38 graus, de início súbito, ligue para 808 24 24 24".
Graça Freitas explica que o período de 21 dias «é o período máximo em que é possível uma pessoa desenvolver a doença depois de ter tido o último contacto com secreções ou fluídos infetados. 21 dias é o período máximo de incubação, ou seja, aquele período em que a pessoa pode ter a doença e não saber porque ainda não tem sinais nem sintomas».
No entanto, a sub-diretora geral da Saúde sublinha que 21 dias é o mesmo o período máximo, pois «o período de incubação habitual é inferior a uma semana habitualmente».
A DGS anunciou na sexta-feira a criação de um "dispositivo de coordenação" que está em alerta e «mobilizará e ativará recursos que sejam adequados a cada situação» de infeção pelo Ébola que venha a ser identificada.
Em Portugal, os hospitais para onde serão encaminhados os doentes suspeitos de estarem infetados com o vírus do Ébola são os Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, e São João, no Porto.