Vida

Reações à morte de Emídio Rangel

Emídio Rangel Global Imagens/Gustavo Bom

Do mundo do jornalismo e da comunicação, multiplicam-se as reações à morte de Emídio Rangel, um nome maior do jornalismo em Portugal.

Era um sedutor que nos ensinou a correr riscos. É desta forma que Guilherme d'Oliveira Martins, amigo de Emídio Rangel, fala do fundador da TSF. Enquanto assessor de Mário Soares, Oliveira Martins acompanhou todas as movimentações para a criação da TSF. Guilherme d'Oliveira Martins lembra que, nessa altura, Rangel percebeu que estava aberta uma janela de oportunidade para agitar as águas. E lembra também um homem sempre preocupado em renovar a democracia.

«Lamento a perda de Emídio Rangel. Apesar das divergências que a partir de determinado momento tivemos e que foram públicas, quero sublinhar o papel fundamental que teve na história da rádio e da televisão privadas em Portugal, nomeadamente na construção da SIC», escreveu Francisco Pinto Balsemão, numa nota enviada às redações.

A TSF contactou também Nuno Santos, jornalista, antigo diretor de informação da RTP, que sublinha que o «o país deve bastante» a Emídio Rangel. Recorda «alguém que por natureza era contra o sistema» e para quem «a palavra impossível não existia».

Adelino Gomes, jornalista e coordenador do primeiro curso de formação da TSF, defende que Rangel era «um fazedor, que fez a rutura com a rádio pública no final dos anos 70, início dos anos 80. depois disso, fez a TSF e ao fazer a TSF, abriu uma janela, escancarou as portas para aqueles candidatos que se tornaram a nova geração da rádio, como veio a fazer depois na SIC».

António Macedo, o animador da primeira emissão da TSF, defende que foi Emídio Rangel «quem fez a TSF. Ele com o Francisco Sena Santos, o David Borges e um punhado de 40 miúdos, técnicos, jornalistas e animadores».

Nuno Azinheira, editor da Notícias TV, destaca Rangel «como o mais visionário, o mais competente, o mais líder, o mais motivador, o mais empenhado».