Maria Luís Albuquerque diz que a resolução do Banco Espírito Santo (BES) e a capitalização do Novo Banco, no entendimento do Governo «terá um impacto no défice», mas que as autoridades ainda não se pronunciaram sobre a operação.
A ministra das Finanças disse hoje que o conjunto de operações extraordinárias em 2014, como criação do Novo Banco, corresponde a 5,9% do PIB, ressalvando que as entidades ainda não se pronunciaram sobre a inclusão no défice.
Maria Luís Albuquerque, que falava aos jornalistas na apresentação do orçamento retificativo, voltou a assegurar o cumprimento de um défice de 4% do PIB este ano.
Questionada sobre qual seria o défice incluindo as operações extraordinárias, como a reclassificação de empresas dos transportes e a criação do Novo Banco, a ministra disse que o Governo ainda não sabe ao certo como é que estas medidas vão ser classificadas pela parte das autoridades estatísticas, o INE e o Eurostat.
«Isso corresponde a 5,9% do PIB, mas não sabemos qual vai ser a decisão das autoridades estatísticas se incluem ou não no défice», disse a governante.
Sobre a resolução do Banco Espírito Santo (BES) e a capitalização do Novo Banco, a ministra das Finanças disse que no entendimento do Governo «terá um impacto no défice», mas que as autoridades ainda não se pronunciaram sobre a operação.
«Isso corresponde a 2,9% do PIB, mas não sabemos ainda não sabemos se as autoridades incluem ou não no défice», afirmou.
Além destas operações, Maria Luís Albuquerque indicou que a reclassificação da CP vale 2,3%.
«Em todo o caso a nossa meta de 4% não tem isso em conta, para o esforço que os portugueses têm de fazer este ano isso não conta», afirmou.
Os restantes 0,7% do PIB deverão resultar da dívida dos STCP e da Carris.