Seis pessoas ficaram ontem à noite desalojadas na Lourinhã devido à chuva forte que caiu entre as 19:30 e as 20:30, provocando cheias que isolam a sede do concelho.
João Duarte Carvalho disse à TSF que a Proteção Civil Municipal realojou temporariamente seis pessoas, de três famílias, cujas habitações no centro da vila da Lourinhã inundaram, deixando-as sem condições para aí pernoitarem.
De acordo com o autarca, a forte precipitação ocorrida entre as 19:30 e as 20:20 provocou uma «situação de cheias rápidas» para a qual a Proteção Civil Municipal «não foi alertada pelas autoridades nacionais».
O transbordo do Rio Grande e de um seu afluente agravou a situação de cheias. No concelho, bombeiros e Proteção Civil ocorreram a meia centena de ocorrências relativas a inundações de ruas, garagens, habitações e estabelecimentos comerciais nas freguesias de Lourinhã e Atalaia e Vimeiro, onde se registaram apenas prejuízos materiais.
A sede do concelho é a mais afetada, estando cortadas as estradas nacionais de acesso à vila, que vão ser reabertas durante a madrugada, uma vez que parou de chover.
Um campista teve de ser resgatado do parque de campismo pelos bombeiros, devido à água. A água alagou a sede da Associação Musical e Artística Lourinhanense e a Biblioteca Municipal, onde, de acordo com o autarca, os prejuízos não foram ainda avaliados. Os campos agrícolas estão alagados, afetando as culturas.
Corporações de bombeiros de concelhos vizinhos foram chamadas a reforçar os meios de ajuda locais, formando um dispositivo de 60 homens e 31 viaturas, parte dos quais vão continuar envolvidos nas ações de limpeza durante a madrugada e manhã.
Na segunda-feira de manhã, a vila da Lourinhã já tinha estado inundada devido à chuva forte que se abateu pelas 08:00 horas sobre o concelho.