Mundo

Um detido em novas operações antiterrorismo na Austrália (vídeo)

Polícia australiana detém suspeito em Melbourne DR/ABC News/Clare Rawlinson

Um homem foi detido pela polícia australiana numa nova operação lançada hoje, em Melbourne, no sul do país, contra presumíveis terroristas islâmicos, informam os media locais.

O suspeito terá, alegadamente, transferido cerca de 12.000 dólares (9.458 euros) para um cidadão norte-americano que combate na Síria, disse Neil Gaughan, Comissário-adjunto da Polícia Federal Australiana, em declarações aos jornalistas.

Uma centena de agentes levou hoje a cabo uma série de rusgas em sete bairros da cidade australiana de Melbourne, no quadro de uma investigação iniciada há oito meses, com base em informações facultadas pelo FBI.

[youtube:m1q2bXEDS9U]

«Posso confirmar que o homem de 23 anos, de Seabrook (bairro de Melbourne) será acusado de facilitar intencionalmente fundos a uma organização terrorista», realçou Neil Gaughan.

As autoridades australianas indicaram, porém, não dispor de informação «que indique este homem está implicado no planeamento de um ataque» ou relacionado com o jovem de 18 anos, abatido na semana passada pela polícia, depois de esfaquear dois agentes em Melbourne.

A 18 de setembro, 15 pessoas, alegadamente membros do Estado Islâmico, acusadas de planear o sequestro e a decapitação de civis, foram detidas na sequência de ações policiais levadas a cabo nas cidades australianas de Sydney e Brisbane.

Um dos presumíveis cabecilhas do grupo, Omarjan Azari, foi acusado por um tribunal de Sydney de planear um ataque que previa a seleção aleatória de pessoas para a sua posterior execução.

A Austrália elevou, este mês, o seu nível de alerta terrorista de "médio" para "alto", feito ocorrido pela primeira vez em dez anos.

A participação de tropas australianas em missões de abastecimento de armas e munições às forças que lutam contra os 'jihadistas' no norte do Iraque e na Síria e os receios relativamente ao regresso de extremistas nascidos na Austrália ou com passaporte do país que combatem nas fileiras do Estado Islâmico (EI) foram duas das razões invocadas.