Orçamento

Governador do Banco de Portugal quer crescimentos do PIB superiores a 3%

O Governador do Banco de Portugal avisa que a dívida pública só será sustentável com crescimentos do PIB superiores a 3% e défices inferiores a 4%.

Para Carlos Costa, que recuperou o conceito da sustentabilidade da dívida, é preciso contar também com a despesa com juros.

Carlos Costa diz que a recuperação da economia e das contas públicas está muito dependente do investimento privado, já que só com investimento se pode combater o desemprego, aumentar a produtividade e fazer crescer o PIB. Para o Governador, o maior problema do tecido económico nacional não está nos trabalhadores, mas na má gestão.

Carlos Costa considerou hoje que as empresas portuguesas são, em média, mal geridas, e que as Pequenas e Médias Empresas (PME) são muito sensíveis a pequenos acidentes financeiros.

«As empresas portuguesas são, em média, mal geridas», disse o governador durante uma intervenção sobre as condicionantes do desenvolvimento sustentável numa união monetária, no XXIV Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa.

«A maior debilidade da economia portuguesa é os gestores, não são os trabalhadores», disse o governador, reconhecendo que, também por isso, as PME »são muito sensíveis a pequenos acidentes financeiros», o que, por sua vez, «influencia o balanço dos bancos».