Política

OE2015: Costa diz que proposta do Governo revela «fanatismo orçamental»

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O candidato socialista a primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje que a proposta de Orçamento para 2015 é própria de um «Governo esgotado, sem soluções» e sem arrependimento, apenas sendo reveladora do fracasso da atual estratégia orçamental.

Estas posições foram assumidas por António Costa no final de uma reunião de três horas e meia, na Assembleia da República, com um conjunto de 17 economista, alguns deles ex-membros de governos de António Guterres e de José Sócrates.

«Este Orçamento não tem qualquer sinal de inversão da política económica, sendo o último de um Governo esgotado e sem soluções. Este Orçamento não revela qualquer arrependimento do fanatismo orçamental, mas tão só um fracasso da estratégia orçamental», declarou o presidente da Câmara de Lisboa, expondo as razões que levam o PS a votar contra a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2015, na generalidade.

De acordo com o candidato socialista a primeiro-ministro, a decisão do Governo de aumentar o défice de 2,5 para 2,7 por cento em 2015 «não se traduz num aumento do investimento produtivo, num reforço do apoio social às famílias, ou num aumento da justiça fiscal, mas resulta simplesmente da incapacidade do Governo em gerir bem as finanças públicas».

«Assistimos a um novo corte no investimento público, a um corte brutal na educação e nas prestações sociais, sendo estabelecido um teto às despesas sociais substitutivas dos rendimentos do trabalho, prestações que apoiam as pessoas mais carenciadas. Este é o décimo segundo ou décimo terceiro orçamento deste Governo e é mais um igual aos anteriores. Para haver novas soluções é preciso um novo Governo», disse, tendo ao seu lado o presidente da bancada socialista, Ferro Rodrigues.

Sobre a reforma da fiscalidade verde e do IRS, António Costa saiu da reunião sem responder aos jornalistas.