Portugal agendou hoje uma cimeira tripartida com França e Espanha. O encontro está agendado para a primeira quinzena de Fevereiro, em Madrid, e tem como finalidade discutir o tema das interligações energéticas da Península Ibérica com França.
As conclusões desta cimeira «servirão para definir o programa a apresentar a Bruxelas e enriquecer o trabalho que a própria Comissão está a fazer, com vista o Conselho Europeu de março», avançou fonte diplomática à TSF.
«O que nós pretendemos é que os projetos sejam mais competitivos e que haja uma transparência em que os incumbentes apresentam propostas e obviamente dentro daquilo que serão os critérios do plano Juncker», disse a mesma fonte atendendo que «esta é uma área estratégica, no próprio plano, que sejam selecionados no âmbito do plano Juncker».
Os líderes dos três países já estiveram reunidos esta tarde, numa mini cimeira, na qual também participou o presidente da Comissão Europeia.
Em outubro, Portugal aceitou um acordo que estabeleceu as metas «indicativas» para a construção de estruturas de transporte de energia que, quando estiverem concluídas, vão permitir ao país ser um exportador «para toda a Europa».
Até aqui tem existido um cenário de estrangulamento da rede, na fronteira da Península Ibérica com França. Apesar dos objetivos agora estabelecidos não serem obrigatórios - ao contrário do que defendia Portugal -, Durão Barroso disse na altura que o acordo é positivo para Portugal.
«Assumiu-se um objetivo» para a o aumento das estruturas de transportes de energia, nas interligações da Península Ibérica com França «de 10% até 2020 e de 15% até 2030», adiantou o então presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, desvalorizando o facto de se tratarem de metas indicativas.
Para Passos Coelho, o «bom acordo» têm as metas garantidas «já que todos os anos, pelo menos uma vez», Bruxelas deverá apresentar dados, na sequência «das avaliações» ao processo de reforço das interligações, para as quais ficou manietada.