Economia

Inquérito/BES: Balanço do 'bad bank' vai ser divulgado dentro de 15 dias

Luís Máximo dos Santos Lusa/Tiago Petinga

O presidente do BES, Luís Máximo dos Santos, assegurou hoje no Parlamento que os trabalhos de definição do balanço do BES estão praticamente concluídos, mas ainda há detalhes que têm que ser fechados antes da sua divulgação ao mercado.

«O balanço do BES está quase, mesmo quase, pronto. Não está cá fora porque falta o quase», afirmou o responsável, que está hoje a ser ouvido na comissão de inquérito parlamentar ao caso BES/GES.

«Há alguns aspetos que estão ainda a ser articulados com o auditor», acrescentou, explicando que os trabalhos na definição do balanço acabam por incluir a participação de quatro entidades, algo que, segundo Máximo dos Santos, não é normal e traz maior complexidade ao processo.

As entidades envolvidas são o Banco de Portugal, o Novo Banco, e as consultoras PwC (que fez a avaliação dos ativos que transitaram para o 'bad bank') e KPMG, que está a definir o balanço do BES.

Segundo Máximo dos Santos, a KPMG «pode não estar completamente em consonância com os critérios» da PwC, nalguns pontos, como no que diz respeito às perspetivas de recuperabilidade de determinados créditos e às provisões.

O responsável recusou adiantar pormenores sobre o balanço do BES, já que invocou o «dever de dar as contas em primeira mão ao mercado».

Em agosto, o Banco de Portugal decidiu aplicar uma medida de resolução no então Banco Espírito Santo (BES), dividindo a entidade em duas.

No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas. No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.