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Plano de reformas da Grécia promete não contribuir para o aumento da despesa

REUTERS/Alkis Konstantinidis

A Grécia compromete-se a manter as privatizações e antes de aumentar o salário mínimo, como tinha prometido para 2016, Atenas fará consultas prévias aos credores. A Alemanha para já não comenta o plano de medidas apresentado pelos gregos.

Umas das promessas do governo grego, a de aumentar o salário mínimo, vai ser decidida em consulta com os parceiros europeus.

Este é um dos pontos da lista que chegou a Bruxelas já depois das 23 horas de ontem e que a Comissão Europeia considera suficientemente ampla, para prolongar o empréstimo à Grécia até a final de Junho.

Na lista de medidas, Atenas compromete-se a rever e controlar as despesas de todos os ministérios. Por exemplo, na função pública, haverá uma nova tabela de salários, mas a Grécia garante que a despesa com a administração pública não vai aumentar.

Também haverá incentivos para as pensões antecipadas, mas há existe a promessa de aumentar as poupanças e acabar com eventuais buracos no orçamento.

Outra promessa de Alexis Tsipras, a de responder à crise humanitária, não terá, igualmente, efeitos nas contas do Estado, lê-se no plano de reformas a que a agência Reuters teve acesso.

A lista inclui reformas fiscais e o governo de Atenas compromete-se ainda a manter todas as privatizações em curso e já concluídas, ou seja, não vai haver qualquer recuo neste processo.

As reformas gregas foram já recebidas pela Alemanha, que no entanto, recusa fazer qualquer comentário, lembrando que a lista vai ser discutida esta tarde, em teleconferência.

Certo é que o ministro alemão das finanças, Wolfgang Schauble, já pediu ontem ao Parlamento que agende a votação com carácter de urgência. Se o pedido for aceite, os deputados em Berlim devem aprovar ainda esta semana, a lista de reformas do governo grego.

Redação