O vice-primeiro-ministro anunciou esta sexta-feira, em Rabat, que Portugal e Marrocos vão ter um Observatório do Investimento para ajudar as empresas que queiram fazer parcerias e abrir mercados, e criar uma Câmara de Comércio Luso-Marroquina.
«Como ambos temos um espírito muito pragmático e para fazer um caminho mais depressa e acelerar mais as exportações e os investimentos, é preciso atenção mais concentrada dos dois Governos e das duas administrações. Nós vamos ter sem regras excessivamente pesadas um Observatório de Investimento entre os dois países», disse Paulo Portas no âmbito da visita oficial a Marrocos, onde lidera uma delegação portuguesa que inclui 45 empresas portuguesas de variados setores.
O Observatório tem como objetivo «permitir ajudar as empresas que querem fazer parcerias e abrir mercados», explicou. Paulo Portas destacou ainda importância que esta estrutura tem também para Marrocos.
A este propósito, afirmou que Portugal tem um rendimento "per capita" mais desenvolvido, sendo por isso «natural que haja muitas parcerias de empresas portuguesas em Marrocos» e que as parcerias podem ser feitas ao nível das exportações ou de investimentos dos dois países, quer para conquistar o mercado marroquino, quer para estarem presentes no mercado português ou partirem para mercados terceiros em aliança.
Paulo Portas avançou ainda que há 1.200 empresas portuguesas a trabalhar o mercado marroquino, mas lembrou que até agora ainda não existia uma Câmara de Comércio, cuja criação foi anunciada na quinta-feira à noite, e à qual as empresas também podem recorrer.
O governante antecipou novidades ao nível das exportações na agricultura, depois de ter estado com o ministro marroquino que tutela a área. «Pedi-lhe para acelerar os processos de certificação de exportações portuguesas para Marrocos em duas áreas onde há interesse das nossas empresas, a dos pintos do dia e a dos ovos de incubação. E eu acho que em breve teremos novidades nessa matéria», disse.
Para Paulo Portas, o grande objetivo da visita «é dar um claro sinal de que Portugal quer bandeiras importantes do ponto de vista económico em Marrocos».