A CDU na Madeira acredita que ainda pode tirar a maioria absoluta ao PSD. A coligação comunista ficou a cinco votos de eleger um terceiro deputado. Edgar Silva, à TSF, diz que a recontagem dos votos nulos abre uma hipótese de conquistar para a madeira um resultado histórico.
Os comunistas na Madeira acreditam que podem ainda estragar a festa ao PSD e retirar a maioria absoluta, ontem conquistada por Miguel Albuquerque, depois da rutura com Alberto João Jardim.
O PSD perdeu, nas eleições de ontem, 15 mil votos, mas ainda assim conseguiu eleger 24 dos 47 deputados do parlamento regional. O CDS continua a ser a segunda força política no arquipélago, enquanto o PS, que liderou a coligação Mudança, não conseguiu melhor que o terceiro lugar, um falhanço que custou já a demissão de Victor Freitas da liderança do PS/Madeira.
A CDU, que há quatro anos elegeu um deputado, ontem conquistou dois lugares no parlamento e admite a eleição de um terceiro parlamentar. Basta que consiga ter mais cinco votos, que podem ser resgatados entre os sufrágios que foram declarados nulos.
Escutado esta manhã pela TSF, Edgar Silva, o candidato da CDU, confessou ter essa esperança na recontagem dos votos que será feita amanhã pela assembleia de apuramento. Edgar Silva lembra que em eleições anteriores já houve votos que começaram por ser declarados inválidos e que depois da verificação de apuramento foram considerados válidos.
A CDU admite, por isso, retirar a maioria absoluta ao PSD na Madeira se conseguir eleger um terceiro deputado que ontem falhou por apenas cinco votos.
Se a CDU vier a ter ganho de causa e recuperar cinco ou mais votos (ontem considerados nulos), ganhará um deputado que será retirado ao PSD, o último partido a eleger, pelo método de Hondt, um deputado na assembleia regional, nas eleições de ontem.