O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social defende que " aos partidos a propaganda e aos jornalistas a cobertura das eleições." Carlos Magno admite abandonar o cargo se o projeto que prevê a apresentação de planos de cobertura jornalística das eleições avançar.
Em declarações à TSF, o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social critica o momento escolhido e apesar de considerar fundamental alterar a lei de 75, sublinha que esta não é a altura certa. Carlos Magno quer acreditar que tudo não passa de um equivoco em véspera das comemorações do 25 de abril.
À semelhança do PS, esta tarde também o PSD garantiu que não há intenção de limitar a liberdade dos jornalistas.
No Parlamento, numa declaração em que não quis responder às perguntas dos jornalistas, Carlos Abreu Amorim garantiu que, em cima da mesa, nunca esteve qualquer proposta com a intenção de limitar a liberdade jornalística.
O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD disse ainda que, sobre as novas regras de cobertura da campanha eleitoral "não há qualquer proposta formalizada», havendo apenas uma análise de contributos. Contributos que chegaram a um grupo de trabalho e que acrescentam "muita coisa" ao texto que chegou às redações.
O projeto que reúne o Partido Socialista e os partidos da maioria tem sido muito criticado pelos órgãos de comunicação social privados.
A proposta prevê, por exemplo, que os jornais, as rádios e as televisões passam a ser obrigados a entregar um plano de cobertura das eleições.