O ministro da Economia António Pires de Lima pede, em declarações à TSF, que não se mantenha a greve dos pilotos na TAP, porque serão os outros trabalhadores que mais vão sofrer.
António Pires de Lima apela aos pilotos que recuem, que desmarquem a greve e que pensem nos outros nove mil funcionários da TAP.
A partir da Polónia, e no que poderá ser o último repto do Governo aos pilotos, o ministro da Economia pede que ponderem o grave prejuízo que a paralisação vai causar à empresa e aos que nela exercem outras funções, e que, expressão de Pires de Lima, "não se safarão com a mesma facilidade". Nessa medida, o ministro diz que percebe muito bem as preocupações dos que hoje se manifestaram contra a greve.
"Compreendo muito bem a preocupação que hoje mais uma vez foi manifestada por todas as outras funções profissionais, por todos os outros sindicatos da TAP. Em gíria popular, os pilotos serão os primeiros a safar-se, a encontrarem o mesmo trabalho noutra companhia aérea. O mesmo já não se aplica, por inerência das suas funções e do mercado, a todos os outros nove mil trabalhadores da TAP que podem ser gravemente afetados", afirmou o ministro.
A pouco mais de 24 horas do início da greve, Pires de Lima diz que mesmo que a greve seja desmarcada, não há margem para satisfazer as reivindicações dos pilotos. Ainda assim apela ao bom senso, que conta que acabe por prevalecer.
"Não é nenhum recuo que eu estou a pedir, simplesmente que os pilotos sejam razoáveis e percebam que aquilo que está em causa é a própria integridade da TAP tal como hoje a conhecemos", disse Pires de Lima.
No entanto, o ministro sublinha que "o Governo não vai renegociar um acordo que foi assinado no dia 23 de dezembro e que tem dos outros oito sindicatos que o assinaram interpretações completamente óbvias".