Política

PSD acusa PS de "fugir como o diabo da cruz" de um teto constitucional para a dívida

João Manuel Ribeiro/Global Imagens

A acusação partiu do vice-presidente e porta-voz do PSD, Marco António Costa, que considerou que o PS não quer assumir "uma regra de ouro que evite a repetição de políticas de emergência financeira e social".

Marco António Costa referia-se à indisponibilidade manifestada ontem pelo secretário-geral do PS, António Costa, em relação à imposição de um teto constitucional para a dívida, proposta pela maioria PSD/CDS.

O secretário-geral do PS, que falava na sessão de abertura da Convenção Nacional do PS, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, onde hoje será aprovado o programa eleitoral dos socialistas, considerou que Portugal precisa de mudar de políticas e não a Constituição da República.

"Diz o povo que quem está de boa consciência não teme assumir responsabilidades. Ora, não me parece que seja o caso dos nossos adversários políticos, porque fogem, permitam-me a expressão, como o diabo da cruz de ter uma regra de ouro que evite que voltem a repetir as políticas que já praticaram no passado e todos nós sabemos o que isso custou aos portugueses, mas particularmente aos mais desfavorecidos", disse Marco António Costa.

O vice-presidente do PSD falava na abertura de uma conferência/debate sobre políticas de saúde, organizadas pelo Grupo de Trabalho da Saúde da Distrital dos TSD/Porto e coordenadas pelo professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Rui Nunes.

Marco António Costa considerou que, "em nome de uma consciência social, em nome de um dever cívico", é necessário "continuar a exigir publicamente ao PS que não fuja da responsabilidade, da disponibilidade de inscrever uma regra de ouro na Constituição Portuguesa, que em nome das gerações atuais e das gerações futuras garante que Portugal não voltará para trás".

"Escolhemos para a nossa coligação, que se apresentará a eleições, um nome muito especial: Portugal à Frente. E não é por acaso, é Portugal à Frente porque sempre que temos decisões para tomar colocamos em primeiro lugar o interesse de Portugal. Portugal está sempre à frente nas nossas preocupações", sublinhou.