Política

Governo português oferece ajuda à França e à Tunísia

Stringer/ Reuters

O governo português manifesta disponibilidade para ajudar a França e a Tunísia na luta contra o terrorismo. O apoio é expresso por Passos Coelho numa carta que o primeiro ministro enviou aos homólogos francês e tunisino.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, manifestou hoje aos seus homólogos francês e tunisino o empenho de Portugal no combate ao terrorismo, na sequência dos atentados em Lyon e Sousse, que provocaram pelo menos 38 mortos.

Em França, uma cabeça decapitada com inscrições em árabe foi encontrada numa fábrica de gás industrial perto de Lyon (leste) depois de um atacante ter conduzido um veículo a alta velocidade contra garrafas de gás, provocando uma explosão. O atacante sobreviveu e foi detido.

Na Tunísia, um atirador vestido como um turista atacou um hotel na estância turística de Sousse, na costa oriental, matando pelo menos 37 pessoas, entre as quais turistas, antes de ser morto pela polícia.

Na carta endereçada ao primeiro-ministro francês, Manuel Valls, a que a Lusa teve acesso, Passos Coelho manifestou solidariedade e apoio contra este "ataque bárbaro no coração da Europa".

"A União Europeia, na sequência dos atentados [contra o jornal satírico] Charlie Hebdo, em janeiro, tomou medidas conjuntas e firmes para tranquilizar os nossos cidadãos e defender os nossos valores de democracia e tolerância. Neste contexto, desejo renovar-lhe toda a disponibilidade e o compromisso de Portugal no combate contra a violência fundamentalista, na Europa e fora dela", escreveu Passos Coelho.

A Habib Essid, o chefe do Governo português também manifestou a sua solidariedade e apoio para "fazer face a estes ataques bárbaros que são dirigidos contra os valores da democracia e da tolerância".

"Como vos afirmei recentemente, aquando do nosso encontro em Lisboa, Portugal continua disposto a cooperar com a Tunísia e a apoiar os esforços das autoridades para combater este flagelo e garantir a segurança e a liberdade dos cidadãos", acrescentou.

Na missiva, Passos Coelho transmitiu também em seu nome e no de todos os portugueses "sinceras condolências" pelas vítimas tunisinas e estrangeiras do ataque de hoje.