O anúncio foi feito esta manhã pelo ministro grego das Finanças, Euclides Tsakalotos. A Grécia e os credores chegaram a um acordo sobre as metas orçamentais do país para os próximos três anos.
Após terem prosseguido durante todo o fim de semana, as discussões entre Atenas e os credores sobre um terceiro plano de resgate à Grécia recomeçaram na manhã de segunda-feira. O acordo foi alcançado depois de uma longa madrugada de negociações.
Tsakalotos acrescentou ainda que há dois ou três pormenores que estão a ser afinados. Desde logo, o que fazer aos títulos de crédito em risco. Atenas quer criar um "banco mau" para assumir estes empréstimos problemáticos, os credores querem estes títulos vendidos a fundos de dívida.
De acordo com a imprensa grega, da maratona negocial sobraram ainda alguns detalhes nos capítulos das privatizações e da liberalização do mercado de energia. Assuntos que constam do caderno de encargos acertado nas últimas horas em Atenas.
Ao todo são 35 as medidas impostas pelos credores para o desembolso de um novo resgate de 85 mil milhões de euros e que incluem, entre outros, a redução dos preços dos medicamentos genéricos, um reforço no combate ao crime financeiro, a eliminação gradual da reforma antecipada e o fim dos incentivos fiscais nas ilhas gregas a partir de 2016.
Nas negociações que se arrastaram pela noite dentro e que terminaram pouco antes das 06h30, hora de Lisboa, as partes concordaram em estabelecer metas orçamentais que apontam para um défice do saldo primário de 0,5 por cento este ano e um saldo positivo na ordem dos 0,5 por cento em 2016. De 1,75 por em cento em 2017 e 3,5 por cento em 2018.
Entretanto, também a União Europeia (UE) confirmou que a Grécia e os seus credores internacionais chegaram a acordo para conceder um terceiro resgate financeiro ao país. "Sim, há um acordo", disseram à Efe fontes comunitárias, sem adiantar detalhes.