Mundo

Centenas de refugiados manifestam-se à porta da estação de Budapeste

Laszlo Balogh/REUTERS

Pelo segundo dia consecutivo, a polícia húngara impede centenas de refugiados sírios de entrarem na estação de comboio de Budapeste.

Centenas de refugiados provenientes da Síria concentram-se à porta da estação de comboios de Budapeste. A polícia está a impedi-los de entrar. Têm dormido no chão, com os filhos, aninhados. A Reuters diz que são mais de duas mil pessoas que ali estão. Manifestam-se pacificamente. Gritam "Freedom". "Liberdade" para o país de onde fogem, que está em guerrra.

Kinan Masalmeh é um rapaz de 13 anos. Tem vestida uma camisola que diz "Brazil", azul. Uns olhos grandes, a responder às perguntas do jornalista da Al Jazeera: "A polícia não gosta dos sírios. Na Sérvia, na Hungria, na Macedónia, na Grécia".

[youtube:3OuFr5kEyhU]

"Qual é a tua mensagem para eles?", pergunta-lhe o jornalista. "A minha mensagem é por favor ajudem os sírios. Os sírios precisam de ajuda. Se acabarem com a guerra, não queremos ficar na Europa. Acabem com a guerra. Só isso...".

A maior parte destas pessoas que estão em Budapeste, tal como Kinan, procuram chegar à Europa central. De acordo com a Al Jazeera, só na segunda-feira mais de 3500 refugiados chegaram a Viena de comboio.

Alguns destes refugiados vão ser recebidos em Lisboa. A câmara criou um fundo de 2 milhões de euros para esse fim. O presidente da autarquia, Fernando Medina, ouvido esta tarde pela TSF, diz que a cidade tem condições para receber cerca de 750 refugiados e dar resposta às necessidades destas pessoas que fogem da guerra .