Política

A desistência "sustentada e coerente" de Rui Rio

Rui Rio durante a campanha das Legislativas Gerardo Santos/Global Imagens

O antigo autarca do Porto sai da corrida presidencial. Rui Rio queria ser um candidato com apoio partidário.

Rui Rio queria ser um candidato com apoio partidário mas Passos Coelho e Paulo Portas deram liberdade de voto nas Presidenciais e este foi um dos fatores que levou o antigo autarca do Porto a não avançar com a candidatura.

Num artigo de opinião publicado no Jornal de Notícias esta quinta-feira, Rio argumenta que, se a sua candidatura avançasse, "facilmente seria interpretada como divisionista, senão mesmo como desestabilizadora".

O antigo autarca do Porto não se candidata a Belém porque o "resultado eleitoral de outubro ditou um quadro parlamentar instável" e, diz o próprio, não há condições para "assumir um projeto de renovação e modernização do regime".

Para as funções enquanto Presidente, Rui Rio via-se como homem das "profundas reformas no regime", reformas que "influenciem as relações de poder no sentido de uma real democratização da vida nacional".

Por último Rui Rio faz um desabafo regionalista: "Num país profundamente centralizado como Portugal, lançar uma candidatura presidencial vencedora e nacionalmente reconhecida a partir de uma cidade que não a capital do país, é uma tarefa muito próxima do impossível".