Em três meses, o número de refugiados recolocados em países europeus não chega a duas centenas. A cimeira europeia que hoje começa em Bruxelas vai debater a lentidão do processo de acolhimento.
É um encontro em que a Turquia volta a participar como convidada. Hoje e amanhã, a cimeira que marca o fim da presidência do Luxemburgo vai ter sobre a mesa o tema dos refugiados. Dados da Comissão Europeia mostram que, até agora, são 194 os que conseguiram um lugar na Europa.
E são vários os motivos apontados para explicar um processo tão lento. Problemas relacionados com a aquisição de equipamentos para fazer o registo e identificação de pessoas; o facto de muitos quererem entrar na Europa sem serem identificados; de outros prescindirem de programa de recolocação; ou o simples facto de a falta de rede de telemóvel em algumas ilhas gregas, dificultar o funcionamento do registo informático de pessoas.
O tema é considerado um teste aos líderes dos 28, que devem mostrar o "grau de compromisso" com os princípios fundadores da União Europeia.
Angela Merkel lidera hoje uma mini-cimeira de oito países europeus com o Primeiro-Ministro da Turquia. Mas diversos líderes da Europa tem dúvidas em relação ao acolhimento de sírios e iraquianos provenientes da Turquia, o que pressiona ainda mais
o plano de realojamento de 160 mil pessoas.
Portugal recebe hoje os primeiros 24 de mais de 4 mil e 500 refugiados que devem chegar ao país nos próximos dois anos.