Ambiente

Agência do Ambiente rejeita acusações dos autarcas

Paulo Novais / Lusa

A Agência Portuguesa do Ambiente garante que o sistema de vigilância funcionou durante as inundações que afetaram vários concelhos do Baixo-Mondego e do Douro.

Em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) assegura que "garantiu informação necessária, atempada e contínua, através do Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos (SVARH), que inclui informação sobre precipitação e caudais".

Adianta que "esta atividade permitiu aos serviços nacionais e locais de proteção civil encetar as ações operacionais tidas por adequadas e sobretudo alertar as populações, minimizando os prejuízos".

É a resposta às críticas dos autarcas de Coimbra, Soure, Figueira da Foz e Montemor-o-Velho que acusaram a APA de não ter facultado dados a tempo e horas de minimizar estragos.

"Apesar do registo de danos, pode afirmar-se que o SVARH cumpriu a sua função", diz o comunicado emitido pela Agência.

A APA acrescenta que as várias estações de vigilância permitiram "emitir alertas atempados que foram disponibilizados à Autoridade Nacional de Proteção Civil e a outras instituições, como por exemplo as Capitanias".

Estações "relevantes" monitorizadas no Douro

Em declarações à Lusa, uma fonte da APA garantiu que "todas as estações de monitorização relevantes para emitir alertas hidrológicos" sobre o caudal do rio Douro estavam operacionais durante as últimas cheias no Porto.

A mesma fonte referiu que das 34 estações de monitorização da bacia hidrográfica do Douro, nove "não funcionaram".

O esclarecimento surgiu depois de o vereador da Proteção Civil da Câmara do Porto, Manuel Sampaio Pimentel, ter dito em reunião de câmara que "50% dos sensores [de deteção de cheias] estão não operacionais".

De acordo com a APA, que gere os referidos sensores, "na bacia hidrográfica do rio Douro, entre as onze estações udográficas (registo contínuo de precipitação), uma não funcionou" e "entre 23 estação hidrométricas, oito não funcionaram".

"A inoperacionalidade de algumas estações está relacionadas com atos de vandalismo ou problemas de fraca cobertura (por exemplo, no rio Paiva)", acrescentou a APA.