Aos 3 meses de mandato presidencial, a TSF desafiou Paulo Baldaia a colocar-se na pele de Marcelo Rebelo de Sousa - que discurso faria, que temas escolheria, para o discurso do 10 de junho?
Europa em que vivem mais de um milhão de portugueses espalhados por vários países, com destaque para a França, importa que o 10 de junho seja olhado como o dia em que se fala da posição de Portugal na União Europeia. Não podemos ser mal-agradecidos. O tanto que já recebemos por fazer parte da União deve obrigar-nos, com certeza, a ter um espírito crítico quando vemos que essa comunidade não vai bem, mas também a ter posição firme sobre o caminho a seguir.
Estando em Paris, junto da comunidade portuguesa, O Presidente está igualmente obrigado a salientar o papel da França na forma como recebeu parte da diáspora nacional. E a valorizar o papel essencial que tiveram e têm essas comunidades, com o prestígio que emprestam ao país e pelas remessas financeiras que enviam.
E numa Europa de portas abertas para os seus cidadãos é preciso lembrar que essas portas não se podem fechar quando os refugiados chegam de outros continentes. E é preciso dizer que Portugal, tendo tantos emigrantes, tem uma especial obrigação nesta matéria.
10 de junho é o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, mas Marcelo Rebelo de Sousa, estando na capital francesa, faz com que este dia seja também o Dia de Portugal na Europa. O que se espera é um discurso forte e bem estruturado sobre a nossa pertença à União Europeia.