A notícia foi avançada pelo Expresso e já confirmada pela TSF. O gabinete de Mário Centeno quer apurar responsabilidades de empréstimos concedidos na gestão de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara.
São créditos tidos como "problemáticos", concedidos antes da recapitalização de 2012, no valor de 1.650 milhões de euros.
Em causa, uma notícia publicada hoje pelo Correio da Manhã, de acordo com a qual uma auditoria de agosto de 2015 identificou 2 mil e 300 milhões de euros de créditos em risco no banco do Estado.
O jornal acrescenta que terá existido uma "deficiente análise de risco" ou as garantias serão insuficientes. Do valor total, 2,3 mil milhões, a Caixa já registou imparidades superiores a 912 milhões, reportados a agosto do ano passado.
Numa resposta enviada à TSF, o ministério das Finanças afirma que, "se houve créditos concedidos em período prévio à recapitalização de 2012 sem a devida avaliação de crédito, então essa questão deveria ter sido reportada à altura da recapitalização e sujeita às diligências entendidas por convenientes, nomeadamente no campo do apuramento de responsabilidade civil e criminal".
Em causa, estão empréstimos "problemáticos" que terão sido aprovados durante o mandato de Carlos Santos Ferreira e Armando Vara, em 2005.
Faria de Oliveira sucedeu a Carlos Santos Ferreira. Seguiu-se-lhe José de Matos, em 2012.
O ministério das Finanças acrescenta ainda que "cabe às entidades competentes a todo o tempo realizar as diligências que entendam convenientes e adequadas nos termos da legislação em vigor"
O governo manifesta-se também disponível para colaborar.