Os três juízes desembargadores do caso decidiram a favor da confirmação da condenação do ex-Presidente brasileiro por corrupção.
Depois de os juízes Gebran Neto e Leandro Paulsen, foi a vez do juiz Victor Laus votar a favor da condenação de Lula da Silva, o ex-presidente do Brasil, a 12 anos e um mês de prisão. A votação está, por isso, encerrada. Segue-se o provável recurso de Lula.
Em julho de 2017, na primeira instância, o juiz Sergio Moro tinha condenado Lula da Silva a 9 anos e 6 meses pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Na prática, a decisão agora é remete apenas para o tipo de recurso a que Lula terá direito. Com um cenário de 2 votos a favor e 1 contra a condenação do ex-presidente, Lula tem ainda hipóteses de revisão da decisão no Tribunal Regional Federal.
Lula é acusado de ser proprietário de um apartamento tríplex no Guarujá, a 100 quilómetros de São Paulo, oferecido pela OAS, construtora envolvida no escândalo do Petrolão. Caso seja condenado pelo coletivo de três juízes, o cenário mais provável, pode ficar inelegível, à luz da Lei da Ficha Limpa.
No entanto, cabem recursos à defesa do antigo presidente que podem atrasar o processo por meses, até perto da votação, e manter em suspense as eleições. Não é exagero, nem lugar-comum chamar-lhe, portanto, o julgamento do século.
O ex-Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanha, esta quarta-feira, o julgamento de um recurso contra a sua condenação a nove anos e meio de prisão na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, São Paulo.
Em Porto Alegre, cidade onde o julgamento está a acontecer, centenas de manifestantes concentram-se desde segunda-feira perto da sede do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), que analisa o recurso.
Lula da Silva, um dos líderes mais populares do Brasil, responde num julgamento na segunda instância que decidirá se mantém sua condenação em primeira instância pela prática dos supostos crimes de corrupção e branqueamento de capitais.
Desde as primeiras horas da manhã, o TRF4, localizado numa área central de Porto Alegre, está isolado e o trânsito de veículos e pedestres foi fechado, numa grande operação de segurança que inclui até mesmo atiradores de elite colocados nos telhados de alguns edifícios.
O julgamento definirá o futuro pessoal de Lula da Silva e poderá influenciar o desenvolvimento do processo político brasileiro antes das eleições presidenciais de outubro, nas quais o ex-Presidente pretende apresentar-se como candidato do Partido dos Trabalhadores (PT).
Lula da Silva lidera todas as sondagens sobre as eleições até agora, mas uma eventual ratificação da sentença poderá impedi-lo de ser candidato.