António Costa lamentou a morte do dirigente histórico socialista Edmundo Pedro, de quem lembra a "sua longa luta pela liberdade, antes e depois do 25 de Abril".
O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou, esta tarde, que foi "com muita tristeza" que tomou conhecimento da morte de Edmundo Pedro.
Edmundo Pedro, fundador e dirigente histórico do PS, morreu este sábado, em Lisboa, aos 99 anos.
"Resistente desde sempre à ditadura, demonstrou uma coragem extraordinária, participando em múltiplas tentativas de derrube da ditadura, nunca desistindo perante a constante repressão de que foi vítima desde a juventude, quando foi preso ainda menor, no campo de Concentração do Tarrafal", declarou.
António Costa recorda que, em janeiro de 2016, com João Soares, então ministro da Cultura, fez "questão de assinalar o seu nome entre a lista dos prisioneiros no Tarrafal", durante uma visita que efetuou ao local.
"Depois do 25 de Abril destacou-se como militante, dirigente e deputado do Partido Socialista, tendo sido elemento fundamental na articulação civil e militar na defesa da Liberdade contra a deriva totalitária no período da revolução. Durante anos, sofreu em doloroso silêncio acusações que a História veio a confirmar injustas", acrescentou.
O secretário-geral socialista lembrou ainda o legado que deixou, com várias obras, "com o testemunho histórico da sua longa luta pela liberdade, antes e depois do 25 de Abril". "Aos 99 anos, deixa-nos mais um dos homens a quem devemos a nossa liberdade", concluiu.
O Partido Socialista manifestou o seu "mais profundo pesar" pela morte do seu "querido camarada" Edmundo Pedro e colocou a bandeira do partido a meia haste na sua sede nacional, em Lisboa.
"Todos os socialistas portugueses partilham este momento de dor pela sua perda, mas também a confiança de que terão de saber estar à altura do extraordinário legado de Edmundo Pedro", lê-se num comunicado do PS.