Carlos César, líder parlamentar do PS, manifestou "concordância" com as palavras do presidente da Assembleia da República e espera que no Jamor haja "aplausos de pé" para os jogadores.
O líder parlamentar socialista comentou, esta quinta-feira, no parlamento, a possibilidade de o presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, vir a processar o presidente da Assembleia da República, na sequência das declarações de Ferro Rodrigues sobre as agressões aos jogadores e equipa técnica dos 'leões' na Academia do Sporting, em Alcochete.
"É dispensável fazermos quaisquer comentários sobre declarações e intenções dessa natureza. Estamos numa fase em que, muito sinceramente, já interessa muito pouco o que o presidente do Sporting diz", afirmou Carlos César no final da reunião semanal do grupo parlamentar do PS.
Na quarta-feira, na Assembleia da República, Ferro Rodrigues lamentou a "perversidade autoritária e totalitária de dirigentes em mistura com uma comunicação social fanática", mas também os "grupos terroristas" que integram as claques. Declarações que levaram o presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, a anunciar que irá avançar com um processo contra o presidente da Assembleia da República.
No parlamento, Carlos César, líder parlamentar do PS, salientou que acompanha as declarações feitas pelo presidente da Assembleia da República.
"Fez uma declaração em que transmitiu a sua opinião e, sobretudo, onde manifestou a sua consternação e o seu protesto em relação àquilo que aconteceu. Nesse sentido, evidentemente, estamos em concordância", disse Carlos César, que espera que a final da Taça de Portugal, no Jamor, seja vivida em ambiente de festa e com os adeptos "saudando de pé todos os atletas".
Quanto ao fenómeno da violência o desporto, o presidente do grupo parlamentar defende que deve levar a que todos "tirem ilações". Já sobre legislação e o momento atual, Carlos César diz que a "crispação" é uma realidade que já vem de longe, criticando os dirigentes dos desportivos dos vários clubes.
Nesse sentido, o socialista espera que casos como este levem a uma mudança de comportamentos e à rapidez na reflexão sobre soluções para travar este fenómeno.
"É muito importante que acontecimentos infelizes permitam estimular a reflexão que, embora estando em curso, deve ser apressada", sublinha.