Política

Socialistas ainda estão apaixonados pela "geringonça"?

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa (D) cumprimenta Joana Mortágua do Bloco de Esquerda no encerramento do 22º Congresso Nacional do Partido Socialista 27 maio 2018, em Batalha. PAULO CUNHA/LUSA Paulo Cunha/Lusa

A "geringonça" faz parte do dia-a-dia do PS, continua a marcar as conversas dos socialistas e no Congresso deste fim de semana não foi exceção.

A TSF foi perceber se os militantes rosa continuam ou não apaixonados pela atual solução governativa que tem alcançado a maioria dos objetivos estipulados e que, segundo os partidos de esquerda, tem vindo a melhorar a vida dos portugueses.

"Atingir resultados é o motivo que faz com que a paixão pela "geringonça" sejam ainda maior do que no início". A opinião é do líder dos jovens socialistas, Ivan Gonçalves, e o orgulho e sorriso com que fala do caso é revelador da forma como esta solução governativa é vista por alguns dos militantes do PS.

Por outro lado, João Galamba não gosta de lhe chamar "paixão", vê-o apenas como um motivo para melhorar a vida dos portugueses, falando de uma "escolha certa" para o país e para as pessoas. No mesmo sentido. Pedro Nuno Santos defende que os socialistas estão "realizados" com os parceiros de Governo, que o partido está "orgulhoso" do trabalho feito, frisando que "independentemente do resultado [nas legislativas], o PS deve continuar a trabalhar com estes parceiros.

A caminho dos três anos de "geringonça", a solução governativa que muitos acreditaram estar condenada à partida continua viva e o casamento a quatro não parece estar próximo de um divórcio.

Apesar de durante o Congresso muito se ter discutido sobre se o Partido Socialista deve encostar mais à esquerda ou mais ao centro, numa aproximação ou afastamento aos parceiros de esquerda, os socialistas acreditam que o casamento não está perto do fim, mesmo quando a maioria absoluta foi muitas vezes pedida no Congresso.