Vida

Raptora do bebé em Penafiel vai esperar julgamento em prisão domiciliária

A mulher que sábado raptou um bebé no Hospital Padre Américo, em Penafiel, vai aguardar julgamento em prisão domiciliária, por suspeita do crime de sequestro agravado, disse esta segunda-feira fonte judicial.

Segundo o oficial de justiça, a mulher «fica obrigada a permanecer em casa, mediante vigilância de pulseira electrónica, além do termo de identidade e residência».

O oficial de justiça do Tribunal de Lousada confirmou que a moldura penal do crime de sequestro agravado vai de dois a dez anos de prisão.

A mulher chegou ao Tribunal de Lousada cerca das 11:00 e entrou pela porta principal, iludindo cerca de uma centena de pessoas que a aguardavam junto a uma entrada lateral, o que pode explicar o facto da sua entrada ter sido totalmente pacífica.

Uma fonte próxima da raptora revelou hoje aos jornalistas, enquanto aguardavam a decisão do juiz, que a mulher lhe contou que terá estado mesmo grávida, mas «perdeu o bebé em Dezembro».

A fonte acrescentou que o rapto ocorrido sábado terá sido realizado «por amor» ao companheiro e que a raptora «terá actuado sozinha».

O caso ocorreu cerca das 14:35 de sábado, mas o rapto apenas terá sido detectado uma hora mais tarde, quando foi encontrado um berço abandonado dentro de um elevador do hospital.

A Polícia Judiciária revelou que recebeu a informação sobre o rapto do bebé às 15:45, tendo de imediato deslocado para Penafiel várias equipas de investigação, coordenadas pelo inspector Gil Carvalho.

A alegada autora do crime, uma jovem de 21 anos residente em Lousada, foi detida em flagrante delito cerca de quatro horas depois do rapto.

A criança, do sexo masculino, encontrava-se bem cuidada e estava vestida com uma roupa diferente daquela que usava quando foi levada do hospital.

Este foi o segundo rapto ocorrido no Hospital Padre Américo em pouco mais de dois anos.

Em Fevereiro de 2006, uma mulher raptou naquela unidade hospitalar um recém-nascido que só foi encontrado em Maio do ano seguinte.