Administração Pública

Sindicatos descontentes com mobilidade especial

Função Pública Direitos Reservados

Os sindicatos da Função Pública não estão satisfeitos com o processo da mobilidade especial. O Sindicato dos Quadros Técnicos classifica o processo como um «desastre», ao passo que a FESAP fala na aplicação do processo à margem da lei.

O Sindicato dos Quadros Técnicos considera que o processo de mobilidade especial na Função Pública só pode ser qualificado como «desastre» e por isso exige a revogação do diploma que prevê esta situação.

Em declarações à TSF, Bettencourt Picanço lembrou que a Administração Pública precisa das pessoas e que essas mesmas pessoas com a mobilidade especial se vêem impedidas de trabalhar.

«Não compreendemos como é que o Governo tendo já visto decorrer um ano sobre este processo não faz marcha-atrás para revogar um diploma que não leva a lado algum», acrescentou este dirigente do STE.

A FESAP também considerou que este processo tem sido negativo, uma vez que a mobilidade especial tem atingido de forma forçada um conjunto de pessoas nem uma aplicação uniforme nem dentro da lei.

«Não havendo a aplicação dentro dos quadros da legalidade motivou situações de os trabalhadores não terem sido sujeitos à sua formação por inépcia dos serviços. Quanto a outras situações foram fatos feitos à medida», acrescentou Nobre dos Santos.

A Frente Comum assinalou que não conseguiu colocar muitos trabalhadores na mobilidade especial como pretendia e que onde esta situação foi aplicada os serviços começaram funcionar mal.

«Tiveram de ir buscar trabalhadores a outro lado por contrato. Isto foi o positivo, mas o negativo foi o prejuízo que se causou aos trabalhadores», acrescentou Ana Avoila.

Entretanto, contactado pela TSF, o Ministério das Finanças assumiu que pouco tem sido feito ao jnível da formação profissional, mas que mesmo assim está a ser feito um esforço para recolocar os funcionários em mobilidade especial.