Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, pediu a intervenção de António Costa para encontrar uma solução que acabe com o "braço-de-ferro" com os professores.
A secretária de Estado adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, desvalorizou o apelo de Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, que pedia a intervenção de António Costa para encontrar uma solução que acabe com o "braço-de-ferro" com os professores.
"Eu não tiraria nenhumas consequências daquilo que disse a senhora coordenadora do Bloco de Esquerda. O que está a acontecer é que, no âmbito das suas competências, o Ministério da Educação tem negociado com os professores, em cumprimento da declaração de compromisso que assinámos em 18 de novembro do ano passado e em cumprimento também da lei do Orçamento [do Estado]", disse Alexandra Leitão, em declarações à agência Lusa.
A secretária de Estado adjunta e da Educação lembra que as negociações com os professores têm ocorrido e vão continuar e sublinhou que "já está marcada uma nova reunião esta semana e depois novas reuniões em setembro".
Alexandra Leitão diz que as negocioações estão a ser feitas "de boa fé, dando passos firmes, para que se possa eventualmente chegar a uma solução, a um bom desfecho, que permita conciliar aquilo que ficou na declaração de compromisso, que é a mitigação dos efeitos do congelamento, mas também com a necessária confiança e sustentabilidade das contas públicas".
Na sexta-feira, o Ministério da Educação enviou orientações às escolas para que concluam as avaliações finais dos alunos "impreterivelmente até 26 de julho", quinta-feira, indicando que os diretores escolares só poderão autorizar as férias aos professores depois de estes entregarem todas as notas dos alunos.
Já hoje o Sindicato de Todos os Professores (STOP) exigiu a demissão do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues e da secretária de Estado adjunta, mantendo que a greve dos docentes às avaliações se prolonga até 31 de julho.