Política

Emigrantes "não vão beneficiar nada" de incentivos fiscais propostos por Costa

A man carrying a bag adorned with a British Union Jack flag steps into a bus departing from Sofia's central bus station to London via Austria, Germany and France January 2, 2014. The European Union sought to calm fears in countries like Britain, France and Germany that they face a mass influx of Romanians and Bulgarians following the lifting of restrictions on Wednesday, a change that risks fuelling anti-immigrant sentiment in Europe. From January 1, seven years after their countries joined the EU, Bulgarians and Romanians are free to live and work anywhere in the 28-nation bloc without applying for work permits. REUTERS/Stoyan Nenov (BULGARIA - Tags: SOCIETY POLITICS BUSINESS EMPLOYMENT TRANSPORT IMMIGRATION) - GM1EA1218JO01 REUTERS

Medidas de apoio para emigrantes que regressem ao país não passam de "campanha", diz o conselheiro das comunidades portuguesas no Reino Unido.

Os incentivos prometidos aos emigrantes que regressem a Portugal não passam de propaganda política, condena o conselheiro das comunidades portuguesas no Reino Unido.

Em declarações à TSF, António Cunha reage assim ao anúncio feito ontem por António Costa, em Caminha: quem regressar a Portugal em 2019 e 2020 vai pagar metade do IRS, ter descontos na viagem de regresso e na habitação. É uma das medidas da proposta do PS para o Orçamento de Estado do próximo ano.

António Costa explicou que o Governo procura assim incentivar o regresso dos portugueses que emigraram nos "momentos dramáticos" entre 2011 e 2015, em plena crise financeira.

Na opinião de António Cunha, a medida não faz sentido porque os jovens que saíram de Portugal nos últimos anos já estão integrados e não pensam em voltar.

Estes emigrantes, garante, estão no Reino Unido "muito melhor" do que em Portugal, mesmo contando que lhes seriam oferecidos benefícios fiscais. "O que é que lhes vai dar Portugal? Não lhes dá garantias nenhumas."

Para o Governo há emigrantes de primeira e emigrantes de segunda, acusa a social-democrata Rubina Berardo.

O Reino Unido foi nos últimos anos, um dos principais destinos dos emigrantes portugueses. O observatório das migrações calcula que em 2016 tenham saído para a Grã-Bretanha mais de 30 mil portugueses.