Festival de Amarante nasceu em 2004 em Olinda.
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A cara mais conhecida do festival Mimo é a diretora Lú Araújo mas houve outras pessoas que contribuíram para o nascimento do festival.
Plínio Victor é do estado vizinho da Paraíba mas vive em Olinda desde o início da década de 70. Define-se como um "paraínambucano", casando numa palavra o seu estado natal com o estado onde vive há pouco mais de 40 anos.
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Plínio foi um dos que assistiu ao nascimento do Mimo. Arqueólogo, ligado à prefeitura de Olinda, dirigiu a Casa de Cultura dos Povos de Língua Portuguesa e foi lá que o festival passou de uma ideia a um conceito inicial.
No início, a Casa de Cultura dos Povos de Língua Portuguesa serviu também de base à produção do festival Mimo que ganhou este nome depois da sugestão de Mostra Internacional de Música de Olinda, daí a utilização do feminino quando Plínio fala da Mimo.
Entretanto, o festival já atravessou o Atlântico para duas edições em Amarante mas teve lugar também este ano em Tiradentes, Ouro Preto, Paraty e Rio de Janeiro mas também já aconteceu, por exemplo, em Recife, cidade vizinha de Olinda e em João Pessoa, também não muito longe mas já no estado da Paraíba.
Para Plínio Victor, o Mimo, que em dois anos triplicou de número de publico em Amarante, foi um acontecimento para a cidade natal do festival que é também uma referência da festa maior do Brasil, o carnaval.
Mérito do conceito e da programação do Mimo que, a caminho dos 15 anos, é acolhido em Olinda com orgulho e abertura. Plínio Victor lembra em especial as atuações dos Buena Vista Social Club ou do Gotan Project. Música de muitos estilos e de muito mundo que passa desde 2004 pela cidade pernambucana.
Agora a música erudita ainda tem espaço mas o festival abriu-se a outros estilos e Olinda recebe em 2017 nomes tão diferentes como o sérvio Emir Kusturica ou o angolano Paulo Flores, os colombianos Ondatrópica ou o maliano Vieux Farká Touré, o brasileiro Otto ou o português Manel Cruz.