A edição 2017 do festival Mimo, que abriu em julho em Amarante, em Portugal, chegou este fim de semana ao fim, na cidade berço do festival, Olinda, no estado de Pernambuco, no Brasil.
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Já depois da última atuação, do pernambucano Otto, a polícia militar carregou com violência sobre o público que ainda estava na Praça do Carmo, sem razão aparente, motivando uma nota de repúdio e o pedido de apuramento de responsabilidades por parte da organização do festival.
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O português Manel Cruz foi um dos nomes do último dia do festival, marcado pela notícia da morte do percussionista Marcos Axé (vítima de uma paragem cardíaca durante a madrugada), elemento da banda de Otto, um músico "da casa" que tinha apresentação do novo álbum "Ottomatopeia" marcada, precisamente, para o espectáculo final do festival em Olinda.
Depois de Amarante, Tiradentes, Ouropreto, Paraty e Rio de Janeiro, o festival voltou à cidade onde tudo começou em 2014.
Numa relação próxima com Amarante pela proximidade entre locais de espetáculo (sobretudo igrejas), o Mimo em Olinda contou este ano com participações mais mediáticas como Emir Kusturica ou Vieux Farká Touré, mas também com espetáculos que mobilizaram o público pela alma e pela musicalidade como o angolano Paulo Flores, os 3MA, trio de músicos de Madagáscar, Marrocos e Mali ou o brasileiro Zé Manoel que lotou a Igreja da Sé uma das imagens de marca da cidade de Olinda.
Em 2018, o festival celebra 15 anos desde o seu nascimento e vai começar as comemorações em Portugal, na terceira edição do festival em Amarante, que vai contar com algumas novidades como um segundo palco na cidade à beira Tâmega.