Filmes mudos "esquecidos e na gaveta há muitos anos" voltam a ganhar voz e som no Salão Piolho

O 31.º Festival Ibérico de Cinema teve a concurso cinco curtas-metragens portuguesas numa seleção de 21 e que resultaram de mais de 1200 trabalhos recebidos
Unsplash
De clássicos a filmes mais recentes, o Salão Piolho - CineConcertos volta a unir imagem e música ao vivo. A programadora Susana Marques destaca na TSF sessões no Porto, Aveiro e Lisboa, que reinventam o modo de olhar o cinema mudo
Corpo do artigo
O cinema pode ser mudo, mas tem muito para dizer. É o que o Salão Piolho - CineConcertos volta a provar com mais uma edição, que traz de clássicos a filmes mais recentes, acompanhados pela banda sonora tocada ao vivo, no Porto, Aveiro e Lisboa.
A programadora Susana Marques realça, em declarações à TSF, algumas propostas. "[No Porto] vamos ter um filme que é O Diabo do Entrudo, e o Iúri Oliveira vai interpretar a banda sonora deste documentário sobre os Caretos de Lazarim ao vivo. Em Aveiro, posso destacar o concerto de Bicho Carpinteiro, que vai ter como convidada especial a Ela Vaz, e eles vão tocar Os Lobos, um filme português mudo do realizador italiano Rino Lupo. Para Lisboa, o destaque vai para Catherine Morisot, que vai interpretar ao vivo, com o seu piano, três curtas-metragens de humor."
Entre as imagens e melodias que se reinventam, Susana Marques revela que os espectadores gostam da nova perspetiva que o festival oferece. "Elas ficam surpreendidas por conseguirem olhar para certos filmes, que já estão esquecidos e na gaveta há muitos anos e, no fundo, quase que agradecem pelo evento por poderem olhar para este tipo de cinema com um novo olhar, que é isso que cada sessão nos proporciona por termos sempre artistas e músicos diferentes."
No Salão Piolho o cinema pode ser mudo, mas nunca fica silencioso. A iniciativa arranca esta quinta-feira no Porto e dura até sábado. De 28 a 30 de novembro será a vez de Aveiro, e em Lisboa vai ser de 10 a 13 de dezembro. Toda a programação está no site da INATEL.
