Pela primeira vez são mostradas ao público as obras que passaram para as mãos do Estado português com a nacionalização do BPN.
Corpo do artigo
É inaugurada mais logo à tarde na Casa de Serralves, no Porto, a exposição de Joan Miró. Suzanne Cotter, a diretora do Museu de Serralves, não quer classificar a abertura da exposição de Miró como o ponto mais alto da programação deste ano, porque "todos os momentos são importantes para nós",mas não esconde que se trata de "um momento especial".
Pela primeira vez, 81 das 85 obras de Joan Miró que pertencem ao Estado Português são exibidas em público. Muitas delas são ainda pouco conhecidas. Esta coleção abarca um período de seis décadas da carreira de Miró e permite, explica Suzanne Cotter, acompanhar a evolução do artista catalão entre os anos 20 e o início dos anos 80 do século passado. "É muito interessante, sobretudo para ver como Miró, que foi um artista modernista, foi também um artista contemporâneo com os movimentos do pós-guerra".
Suzanne Cotter prevê nos próximos meses um grande número de visitantes na Casa de Serralves, onde a coleção vai permanecer até 28 de janeiro.
Garante que, caso se confirme esse cenário, os responsáveis de Serralves não serão apanhados desprevenidos; "Estamos verdadeiramente a trabalhar sobre isso. Vamos ver como correm as primeiras semanas e depois talvez seja necessário facilitar" os acessos.
A exposição "Joan Miró: Materialidade e Metamorfose" é comissariada por Robert Lubar Messeri, um especialista na obra do artista catalão. O projeto expositivo na Casa de Serralves foi elaborado por Álvaro Siza Vieira.
Na inauguração desta exposição, às 18h30, vão estar Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy.