É com a segunda conversa de Evan Parker e David Toop que começa o domingo no Jazz em Agosto. À noite, vindo de França, sobe a palco o primeiro grande "ensemble" desta edição do Jazz em Agosto.
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Depois de no sábado terem falado de Músicas Tradicionais já desaparecidas ou em vias disso, Evan Parker e David Toop retomam o ciclo "Sharpen Your Needles" (iniciado em Londres em 2014) e têm este domingo como tema de conversa a música improvisada que apareceu nos anos 60 do século XX. Para ouvir na Sala Polivalente da Fundação Calouste Gulbenkian a partir das 18:30 h.
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Já depois do sol se ter posto, às 21:30 h, o Anfiteatro ao Ar Livre recebe um decateto, mais um décimo primeiro elemento que é responsável pelo desenho de som. Estou a falar da White Desert Orchestra, um colectivo liderado por Eve Risser, uma pianista e compositora que se tornou notada no mundo do Jazz quando fez parte do mítica Orchestre National de Jazz (entre 2009 e 2013) durante o mandato de regência do contrabaixista, multi-instrumentista e compositor Daniel Yvinec. Mas já antes de integrar a Orquestra national de Jazz de França, Eve Risser tinha dado provas quando, enquanto estudante em Estrasburgo, começou a tocar Jazz e Música Improvisada ao piano e Música Contemporânea na flauta.
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Depois de ter saído da ONJ, Eve Risser começou a germinar a ideia de formar um grupo que fosse veículo para a faceta de compositora. Nasceu assim, em 2015, a White Desert Orchestra, onde Eve Risser conta com nove músicos (do melhor que Paris tem) que potenciam a sua inspiração enquanto compositora, num universo retro futurista habitado por viagens aos grandes espaços (sonoros ou imaginários) da América do Norte.
Em resumo, um decateto de aventureiros do(s) som(s), liderados por um piano Jazz no feminino, à frente do qual está sentada Eve Risser, uma pianista que tem naquilo que compõe um fascinante e fiel retrato de si própria.