Esta manhã, o Conselho de Administração de Serralves garantiu que não interferiu na montagem da exposição.
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João Ribas, o ex-diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, sublinha que "foram impostas restrições" e intervenções no seu trabalho que "criaram um ponto de rotura" quer em "termos de autonomia artística" quer no que diz respeito a "uma atividade de programação livre de intromissões ou repreensões".
Ribas apresentou demissão na sexta-feira, um dia depois da inauguração da exposição dedicada ao fotógrafo Robert Mapplethorpe. Em causa estaria a retirada de 20 das obras da exposição e a proibição do acesso a algumas obras a menores de 18 anos.
Esta manhã, o Conselho de Administração de Serralves garantiu que não interferiu na montagem da exposição.
João Ribas diz que tal não é verdade. No comunicado lê-se que "nomeadamente na semana de montagem" foi obrigado "a sucessivas reorganizações" da exposição.
No comunicado, o ex-diretor argumenta ainda que "a exposição deveria conter 179 obras, como estava previsto. No entanto, as referidas interferências e restrições levaram a uma redução para 161". No dia da abertura, Ribas terá sido intimado a retirar duas obras que já estavam expostas.