O médico e músico do grupo Sétima Legião, de 64 anos, morreu com cancro do pulmão.
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Ricardo Camacho, médico e músico da banda Sétima Legião, morreu , esta quarta-feira, aos 64 anos. O músico estava internado num hospital na Bélgica, onde vivia e trabalhava, dedicando-se à investigação da sida.
Em declarações à TSF, Rodrigo Leão, companheiro de grupo de Ricardo Camacho nos Sétima Legião, definiu o desaparecimento do músico como a perda de um pedaço da banda.
"Hoje é um dia muito triste. Parece que morreu um bocadinho da Sétima Legião", disse Rodrigo Leão.
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O baixista do grupo recorda os primeiros tempos da banda: "O Ricardo foi a primeira pessoa a ensinar-me muitas coisas, no início dos anos 1980. Começou por ser o produtor dos Sétima Legião, mas rapidamente entrou para o grupo como membro e como compositor".
"Vivemos momentos muito intensos, durante uns bons anos, quer nas gravações em estúdio, quer nos concertos que fizemos por todo o país", contou Rodrigo Leão, acrescentando que, além de um "músico extraordinário", Ricardo Camacho era um "grande amigo".
"Mesmo nos anos em que não tocamos juntos, mantemos uma amizade muito forte", afirmou o músico, revelando que, recentemente, os membros originais dos Sétima Legião visitaram Ricardo Camacho na Bélgica. "Foi bom estar com ele, mas, infelizmente, sabíamos que isto estava cada vez mais complicado", admitiu.
Enquanto médico e investigador na área da sida, Ricardo Camacho contactou com Margarida Martins, antiga presidente da associação Abraço - instituição que se dedica ao apoio a pessoas afetadas pelo VIH.
À TSF, Margarida Martins recorda "um homem que acompanhou sempre a luta contra a sida", destacando-se pela "entrega, participação e luta".
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"Ele lutava por causas e isso faz a diferença. Não basta ser médico, ele também era cidadão", declarou.