No parlamento, Salvador Sobral voltou a falar da importância de as rádios e a televisão mostrarem música portuguesa. Artista falou ainda do encontro e do dueto imprevisto com Caetano Veloso.
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"Pode ser que esta vitória possa dar uma fatia um bocadito maior do orçamento à Cultura, que tem sido bastante esquecida", disse Salvador Sobral, no parlamento, no final de um almoço com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e com o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, no qual participou também a irmã, Luísa Sobral.
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Durante a manhã, os dois irmãos viram ser aprovado, por unanimidade e aclamação, um voto de saudação pela vitória do tema 'Amar Pelos Dois' no Festival Eurovisão da Canção. Depois do almoço, no qual participaram ainda Nuno Artur Silva, administrador da RTP, e Gonçalo Reis, presidente do Conselho de Administração, os vencedores do festival falaram aos jornalistas.
"Pode significar uma mudança, porque as rádios põem o que a América põe e põem os três cantautores portugueses. E a televisão também segue o mesmo exemplo", acrescentou Salvador Sobral, depois de questionado sobre o impacto que a vitória na Eurovisão pode ter no panorama musical português.
Quanto ao impacto do tema além-fronteiras, é notório, tendo levado já a várias versões do tema interpretado por Salvador Sobral em Kiev.
"Quanto uma pessoa compõe uma canção, sabe que quando chega lá fora deixa de ser nossa, e eu acho que isso é bonito. Por isso, acho bonito também que as pessoas mudem a canção e a tornem delas. A partir de certo momento já não é minha", salienta Luísa Sobral, a autora do tema interpretado pelo irmão.
Um tema que chegou também ao musico brasileiro Caetano Veloso, fã de Salvador Sobral desde a primeira hora. Do lado de lá do Atlântico chegaram os elogios, que resultaram, inclusive, num dueto imprevisto em casa da fadista Carminho. Com a voz de Salvador e a guitarra de Caetano.
Pelo oitavo ano consecutivo, a TSF e a Fundação Manuel António da Mota formalizam uma parceria para a divulgação do Prémio Manuel António da Mota. Em 2017, surge o Portugal Futuro, um galardão que vai consagrar associações, fundações e instituições públicas e privadas que atuem na área da Inclusão Social com incidência no combate à pobreza das famílias, das crianças e dos jovens assim como na promoção do sucesso educativo como forma de aceder ao emprego estável e de qualidade.
"Foi a melhor coisa que me aconteceu em toda esta experiência. Não desfazendo, é claro, a vitória...", disse, entre risos, Salvador Sobral.
Notícia atualizada às 17h44