"João Soares não saiu bem do episódio que levou à demissão do antigo presidente do Centro Cultural de Belém". A opinião é de António Lamas, o ministro da cultura não comenta.
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Nas primeiras declarações, desde que foi afastado do cargo, António Lamas diz que João Soares quis afastar todas as pessoas que estavam ligadas a ele e não poupa nas criticas.
Ouvido pelo "Expresso" afirma que o que aconteceu foi "uma forma inusitada de afastar alguém, inédita... Uma limpeza". António Lamas, que considera que o processo não ajudou nada à figura de ministro de João Soares. "Não se trata de legitimidade, mas sim de um verdadeiro problema de educação".
Nesta entrevista, o antigo presidente do Centro Cultural de Belém sublinha que não foi apenas ele, substituíram todos os que de alguma forma lhe estavam ligados, referindo-se a Daniel Vaz Silva (administrador do CCB, que também foi exonerado).
Mas nestas primeiras declarações depois da demissão, António Lamas acredita não só que João Soares já deve estar arrependido da forma como o afastou, como também que o Plano Estratégico Cultural da área de Belém - idealizado pelo anterior governo e que está na origem da polémica - vai ser retomado mais cedo ou mais tarde.
E justifica, "porque Belém é um valor único e a sua importância em termos monumentais, paisagísticos, ambientais e urbanos é inquestionável".
Desde a tomada de posse, em dezembro do ano passado, que o ministro da cultura reclamava a ineficiência do projeto. Um trabalho "que é meritório", sublinha António Lamas, "pensado e redigido com apoio de reconhecidos especialistas".
Contactado pela TSF, João Soares diz que não comenta este tipo de histórias.