Bruno Canastro garante que o atleta não volta a representar o clube e sublinha que o único aspeto positivo deste caso é a visibilidade que deu ao problema da violência sobre os árbitros.
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O presidente do Canelas 2010 garante que quer ser parte da solução e contribuir para que acabe a violência sobre os árbitros. Em entrevista exclusiva à TSF, Bruno Canastro diz que o clube também é vítima do que se passou no jogo frente ao Rio Tinto.
"Houve duas grandes vítimas ontem. Uma, o árbitro que infelizmente sofreu como sofreu e encontra-se hospitalizado (...), e a segunda grande vítima é o Canelas, os adeptos e a freguesia de Canelas", defende. "Peço desculpa por este triste espetáculo", remata Bruno Canastro.
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O caso, que se passou este domingo no jogo entre Canelas 2010 e SC Rio Tinto, envolveu o jogador Marco Gonçalves e o árbitro José Rodrigues. O jogo foi interrompido pelo árbitro, que expulsou o jogador do Canelas 2010 por agressão a um atleta do SC Rio Tinto. Marco não concordou com a decisão do juiz e agrediu-o com uma joelhada no nariz.
Bruno Canastro está chocado com o que se passou e reafirmou à TSF que Marco Gonçalves não volta a vestir a camisola do clube.
"Acredito que o jogador tenha tido uma loucura temporária, porque o mesmo jogador, há dois jogos, em que o Canelas perde por 4-0, em que este jogador falha um penálti, teve o fair-play suficiente para no final do jogo entregar a camisola do jogo a um adepto do Aves", conta Bruno Canastro.
O dirigente ainda não percebe o que passou pela cabeça do jogador e garante toda a disponibilidade para ajudar a resolver o problema: "o clube está disponível para aceitar qualquer sanção justa que a Associação de Futebol do Porto lhe atribua".
Bruno Canastro acrescenta ainda que a única coisa positiva que vê neste caso é a visibilidade que deu "à violência que os árbitros têm sofrido".
Marco Gonçalves foi hoje constituído arguido pelo Ministério Público, com termo de identidade e residência, e vai aguardar em liberdade pelo desenvolvimento do processo-crime.